sábado, 28 de abril de 2012

[Fanfic] Dear Sun - Capítulo 7


Capítulo 7

                – Hoje vou provar pra vocês que a Eroise-chan é nossa fã! – Jun falou enquanto calçava os tênis.
                – Não mesmo! – Sho riu – Ela não é Jun, desista!
                – Ah, e eu tenho mesmo cara de quem desiste de alguma coisa? Eu vou até o fim! – Jun pôs-se de pé em um salto e foi até a porta – Vocês não vêm?
                – Jun-pon, se esforce pra provar que estamos certos! – Nino falou, olhando tristemente para o DS que fora obrigado a deixar sobre a cama, pois se levasse poderia molhar e estragar (é claro que ele poderia comprar outro, mas perderia todos os recordes e pontuações já salvos).
                – Isso Jun-kun, se esforce, que eu vou me esforçar pra provar que está equivocado... – Aiba falou – Riida, já pensou em algum mico pra eles?
                – Em alguns... – Ohno começou a contar pra Sho e Aiba enquanto desciam até o térreo e caminhavam até o local onde pegariam o ônibus.
                Quando se aproximavam do ponto de encontro, avistaram a guia. Jun percebeu que hoje ela havia prendido os cabelos numa trança grossa, que ia até a metade das costas. O dia ensolarado fazia com que seus olhos parecessem ainda mais claros, quase verdes.
                – Ohayou gozaimasu! – Eloise cumprimentou-os, sorrindo. – Como passaram a noite?
                – Hum, foi ótima... o jantar estava bom. – Jun falou, sorrindo.
                – Estão prontos pra fazer trilha de bicicleta? – Eloise falou, mostrando empolgação com o cronograma do dia.
                – Trilha de bicicleta? – Nino perguntou.
                – Ah sim, serão uns 40 minutos de bicicleta em mata fechada, e no fim da trilha tem uma surpresa. – Eloise explicou.
                – Hmm, posso te chamar de Ise-chan? – Jun falou, sorrindo sedutoramente.
                – Ah, claro. – Eloise corou, contando até 10 mentalmente para que não começasse a gritar.
                – Então vamos, né, Ise-chan... – Aiba caçoou de Jun, deixando Eloise sem entender.
                Andaram até um local onde havia algumas bicicletas. Cada um escolheu uma e seguiram Eloise pela trilha. O cheiro de mato, ar puro e a umidade eram o antídoto perfeito para o calor infernal que fazia naquele dia ensolarado.
                – Então, Ise-chan, que tipo de música você gosta de ouvir? – Jun perguntou, tentando extrair alguma informação da moça.
                – Eu gosto muito de ouvir Yui, e K-pop... – Eloise contornou, ficando levemente ruborizada novamente.
                – Ahm... você sabe, né? – Nino falou, deixando a pergunta pairando no ar.
                – Do quê? – Eloise respondeu com outra pergunta.
                – Que somos um grupo... que nós cantamos. – Jun sorriu, esperando que Eloise mostrasse algum interesse.
                – Ah sim, eles me disseram... mas eu nunca ouvi musicas de vocês. Não são muito famosos, né?– Eloise tentou contornar novamente, sentindo um aperto no coração ao mentir pra eles tão descaradamente.
                –Hã? – Jun parou de pedalar, perdendo o equilíbrio e se estatelando no chão.
                – Levanta Jun-pon. – Sho falou, ajudando o amigo a se levantar. – Sua bunda ficou toda suja de terra...
                – Tá tudo bem aí? – Eloise falou, parando mais à frente, e se controlando pra não voltar lá e ajudar Jun a limpar as calças. – Estamos chegando, só mais alguns minutos...
                – Tá sim... – Jun falou, ainda pasmo com a resposta de Eloise, subindo na bicicleta e  voltando a pedalar.
                Cerca de 5 minutos mais tarde, puderam ouvir barulho de água, e constaram que estavam perto do rio.  Eloise pediu que deixassem as bicicletas próximas a uma árvore e a acompanhassem até as margens. Lá, eles viram um pequeno barco e, seguindo as orientações da guia, foram até ele e entraram. Eloise os seguiu de perto, e assim que entrou no barco se pôs a remar. Logo, Jun pegou outro remo e começou a ajudá-la, sem saber muito bem o que estava fazendo.
                – Que vontade de pescar. ­ – Ohno falou, observando as águas, um sorriso no rosto.
                – Aqui não pode, mas se quiserem, outro dia posso levá-los até um pesque pague, ou um local mais calmo do rio... ­ – Eloise falou, concentrada no percurso que fazia.
                – Eu quero jogar... – Nino murmurou, pensando no DS e desejando fervorosamente que o dia terminasse logo e que pudesse se jogar naquela poltrona e zerar outro jogo.
                Eloise levou-os até um ponto em que a água era mais calma, deixou o barco perto de uma margem e pediu que descessem.
                – Bom, aqui vocês podem tomar banho, se quiserem... – Eloise falou, levemente ruborizada.
                – Com esse calor? – Jun falou, tirando a camisa – Era tudo que eu queria!
                Assim como Jun, todos os outros tiraram as camisas e se jogaram na água, que estava morna. Eloise sentou-se numa sombra e pôs-se a observá-los silenciosamente. Os braços de Jun estavam ainda mais definidos que em Lucky Seven, e Sho, com certeza havia engordado novamente todos os quilos que emagrecera pra Blackboard, mostrando seus músculos bem definidos. A cicatriz no peito de Aiba era só uma linha fina e clara, quase imperceptível.
                Depois de alguns minutos, Jun deixou os outros e aproximou-se silenciosamente de Eloise, que olhava para a margem oposta, perdida em pensamentos. Molhado, deixou que a água de seu cabelo escorresse sobre ela, que deu um grande pulo.
                – Ai... quase me matou! – Eloise brigou, olhou para trás e constatou que era Jun – Ah, me desculpe, não quis ser grossa...
                – Não foi grossa... Eu que fiz uma brincadeira boba. – Jun mostrou-se culpado, vendo o rubor se espalhar pelo rosto de Eloise.
                Seguiram-se alguns minutos de silêncio, onde só podiam ouvir o barulho dos outros quatro, que se banhavam mais adiante. Eloise estava realmente constrangida por ter gritado com Jun.
                – Então... você mora aqui há muito tempo? – Jun perguntou, incomodado com o silêncio.
                – Desde que nasci... mas morei por algum tempo em outro estado. Acabei voltando, sabe... – Eloise contou.
                – Lá não era bom? – Jun quis saber mais.
                – Era sim, mas aconteceram alguns problemas e... e eu tive que voltar. – Eloise desviou o olhar.
                – Ah! – Jun ficou constrangido, mas não quis deixar o papo morrer – Você tem quantos anos?
                – 22, quase 23. – Eloise falou, intrigada com a curiosidade de Jun sobre ela.
                – Quando faz aniversário? – Jun perguntou, corando levemente. Manter uma conversa com a moça estava sendo difícil.
                – Dia 24. – Eloise respondeu, completando mentalmente com “nove dias depois do aniversário de vocês”.
                – Ah, ontem foi nosso aniversário de 15 anos... sabe, de grupo. – Jun contou, tendo certeza que Eloise já sabia disso.
                – Sério? E comemoraram de alguma maneira? – Eloise falou, lembrando-se do vídeo que vira no site da JE.
                – Fizemos um vídeo... sabe, estamos longe dos nossos fãs – Jun fez beicinho.
                – Deve ser triste... – Eloise lamentou por não poder contar ali mesmo que era fã deles.
                – É... – Jun falou.
                – Oh-chan, não faz assim não... sai de cima de mim! ­ – Nino gritou, Ohno sentado sobre ele, que havia caído.
                – Ei, deu nossa hora! – Eloise gritou, chamando a todos. – Temos que ir... antes que escureça. Não vão querer dar de cara com as onças, né?
                Em alguns minutos, todos remavam em conjunto até o local de onde vieram, encharcados e felizes. Pegaram as bicicletas e voltaram até o inicio da trilha no dobro do tempo que levaram para vir.
                Quando estavam colocando as bicicletas no lugar, ouviram uma música tocando baixinho. O rosto de Eloise ruborizou imediatamente, enquanto tirava o celular do bolso, e eles não puderam deixar de perceber que a música que estava tocando era Movin’on, do álbum Boku no Miteru Fuukei de 2010.
                Desastrada, deixou que seu celular caísse, e todos notaram que a foto da tela, era indubitavelmente, Jun sem camisa, mostrando os braços torneados. Tremendo loucamente, Eloise se abaixou para pegar o celular, os olhos deixando que algumas lágrimas escorressem. Apertou o botão vermelho que silenciou o celular, guardando-o no bolso. Ela se sentou no chão, e olhou para os pés, nitidamente envergonhada.

Continua... 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

[Fanfic] Dear Sun - Capítulo 6



Capítulo 6

                O olhar de quatro dos cinco membros do grupo voltou-se pra estranha que se aproximara. Jun ainda mantinha os olhos fixos nas quedas, um sorriso largo em sua face.
                – Você é nossa guia então? – Ohno perguntou, dando uma boa olhada na mulher.
                – Onde é que você estava até agora? Não deveria ter nos encontrado no início da trilha? – Nino implicou, apontando a direção de onde ele achava que tinham vindo – Tivemos que vir sozinhos!
                –Sumimasen. – Ela curvou-se, ruborizada – A trilha é bem sinalizada, achei que conseguiriam chegar sozinhos.
                – Não liga não, ele é sempre implicante assim... Ainda mais quando esquece o DS! – Sho explicou e sorriu. – Tivemos alguma  dificuldade com as placas que são em inglês, mas chegamos aqui, então acho que não foi tão ruim!
                – Qual é seu nome mesmo? – Aiba perguntou.
                – Ah, é Eloise Zanatto. – A guia apresentou-se novamente.
                – Eroise? – Ohno perguntou.
                – Hai. – Eloise concordou, pensando em quão sortuda ela era em poder ouvir seu nome saindo da boca do Riida do Arashi.
                – Hmm, somos Masaki Aiba, Kazunari Ninoiya, Sho Sakurai, Satoshi Ohno e Jun Matsumoto. – Aiba apresentou a todos, apontando enquanto falava os nomes.
                – Muito prazer. – Os quatro disseram em uníssono.
                – O prazer é todo meu. – Eloise falou, enfatizando mentalmente a palavra “todo” e não pode conter uma lágrima que escorreu de seus olhos, já marejados desde que ficara sabendo que seria guia deles.
                – Está tudo bem? – Ohno perguntou, ao vê-la limpar os olhos.
                – Ah, sim... é alergia, mas nada demais! – Eloise sorriu envergonhada.
                Nesse momento, Jun finalmente saiu do transe em que se encontrava até então e seus olhos caíram sob a guia. Olhou-a dos pés a cabeça, parando em sua face. Durante alguns segundos esquadrinhou cada centímetro de seu rosto, analisando cada traço, até o brilho dos olhos marejados. Outra lágrima escorreu e foi limpa rapidamente pela guia, que mais ruborizada do que nunca, virou-se.
                – Vamos por aqui, quero levá-los a “garganta do diabo”. ­ – Eloise indicou o caminho com as mãos abertas, e ao passar, Jun percebeu marcas fundas nas palmas de suas mãos.
                Seguiram trilhas em mata fechada, onde tiveram acesso a vários mirantes diferentes, e maravilhavam-se a cada nova visão das quedas.
                – Bom, me incumbiram de mostrar a vocês todo o Parque. Ou seja, vou acompanhá-los no arborismo, em todas as trilhas, nos passeios de bote e algumas outras atividades. – Eloise começou a explicar – Hoje eu lhes mostrei algumas trilhas e como me foi informado, serão filmadas algumas atividades. Primeiro faremos o reconhecimento e só depois será filmado. Agora vou levá-los de volta ao hotel, amanhã continuaremos... e possivelmente por mais alguns dias.
                Depois do longo discurso de Eloise, inteiramente em um japonês fluente, os meninos ficaram boquiabertos e a seguiram.
                – Seu japonês é muito bom! – Sho falou – Você já foi ao Japão?
                – Não, ainda não fui, mas é um grande sonho meu. – Eloise sorriu, lembrando que o maior motivo dela querer ir pra lá, estava bem em sua frente, sendo guiado por ela. – Mas como sou a única guia daqui que fala japonês e o fluxo de turistas do seu país é grande, acabo praticando bastante.
                Eloise deixou-os em frente ao Hotel e seguiu até o vestiário dos funcionários, finalmente afrouxando o aperto das mãos, que estiveram firmemente fechadas em punho até então, e deixando que as lagrimas que segurara por todo o dia corressem livremente por sua face. Entrou em um dos boxes, abriu o chuveiro e, ainda vestida, sentou-se em posição fetal no chão, as pernas envoltas por seus braços e simplesmente deixou que a água escorresse torrencialmente por seu corpo.
                Depois de alguns minutos, ela já se perguntava se a vinda do Arashi havia sido realmente boa ou ruim. Se deveria ficar feliz ou triste. Tinha vontade de jogar tudo para o alto, largar o emprego, fazer suas malas e partir para o Japão, viver seu sonho. Mas havia uma coisa que a impedia, que a prendia no Brasil e a obrigava a manter os pés no chão, e fora ela que a incentivara a conter as lágrimas durante todo o dia, a manter a compostura para não perder o emprego.  Alguém que dependia dela.
                Aos 19 anos, Eloise cursava o 2º ano de Turismo na USP. Havia tentado uma bolsa no Japão, mas sua mãe a proibira de ir, pedindo que ela pusesse os pés no chão e parasse de sonhar com coisas tolas e impossíveis como uma vida no Japão. Cansada de lutar contra sua mãe, que se opunha a tudo que Eloise queria, ela desistiu do Jornalismo, seu grande sonho (considerado por sua progenitora como uma profissão sem futuro) e tentou Turismo, que era altamente aprovado pela mãe.
                Antes mesmo de ir morar em São Paulo, Eloise já conhecia Kenji. Ele fora uma espécie de ídolo dela. Era vocalista de uma banda de Animesongs que tocara em Foz num evento de animes quando ela ainda tinha 15 anos. Nos dois anos seguintes mantiveram contato via internet, e nas férias Eloise ia visitá-lo em Campinas. Falava pra sua mãe que ia ver a vó, mas o motivo maior sempre fora Kenji.
                Quando se mudou pra São Paulo para cursar a universidade, logo Kenji pediu-a em namoro. Ela gostava muito dele e não pensou duas vezes antes de aceitar. Cerca de dois anos depois, montou um apartamento em Foz, transferiu o curso, fez suas malas e deixou Kenji em São Paulo.
                                Por descuido de ambos, Eloise engravidara e temendo que ele pedisse pra abortar, fez suas malas e fugiu. Ele nunca soube que Eloise carregava um filho seu quando fora embora e nem mesmo entendeu o motivo dela ter sumido tão repentinamente, quando tudo ia tão bem entre eles. Durante algum tempo ele tentou contatá-la, procurou por ela e, não obtendo êxito, desistiu.
                Alguns meses depois, numa linda manhã de primavera, Eloise deu à luz a pequena Harumi, que apesar de não ter sido planejada, fora muito querida e amada por sua mãe.
                Eloise levantou-se, secou os cabelos e trocou de roupas. Consultou o relógio e constatou que em alguns minutos, sua Harumi sairia da escola e estaria a sua espera. Motivada pela certeza de ver sua filha, correu para o carro e dirigiu até a escola.
                E lá estava a pequena. Longos cabelos lisos e negros, pele clara, olhos bem puxados num tom claro de castanho e o sorriso largo estampado em seu rosto. Ao ver que a mãe se aproximava , correu para abraçá-la. Harumi era a mais inteligente de sua turma, e no auge de seus três anos, falava quase tudo em português, e algumas palavras em japonês.
                – Vamos pra casa, minha pequena! – Eloise pegou-a no colo, levou-a até o carro, colocando-a sentada na cadeirinha e afivelando o cinto.
                – Okaasan, faz onigiri e karage pro jantar? – Harumi pediu.

~~

                – Jun, porque você torturou a Eroise-chan? – Aiba perguntou, assim que chegaram ao hotel.
                – Quem é Eroise-chan? – Jun perguntou, sem entender do que se tratava o assunto.
                – A guia! Você não ouviu quando ela se apresentou? – Sho brigou com o mais novo, inconformado com a falta de atenção.
                – O nome dela é Eroise? ­ – Jun sorriu como uma criança.
                – Hai! E ela ainda disse duas vezes! ­ – Ohno brigou. – Mais atenção Jun!
                – Gomen ne Riida! – Jun desculpou-se, rindo. – Mas o que quis dizer com tortura, Masaki?
                – Você olhou tão fixamente pra ela, que achei que ela fosse secar! – Nino falou, acompanhando a conversa com os olhos fixos no DS que tivera que deixar no quarto ao sair.
                – É que eu tive a impressão de conhecê-la de algum lugar... – Jun explicou-se.
                – A probabilidade de você conhecê-la antes de hoje é quase nula, se considerarmos que estamos no Burajiru há somente dois dias... – Sho falou.
                – E um deles nós passamos dormindo. – Aiba emendou.
                – Lembrei! – Jun exclamou, sorrindo, depois de alguns minutos de silêncio. – Ela estava no aeroporto! Era uma das fãs!

Flashback
Ela tinha grandes olhos de um castanho tão claro, marejados. A pele branquinha de sua face estava molhada pelas lágrimas que haviam escorrido há pouco e seu rosto era emoldurado por longos cabelos castanho-claros.
                Curvou-se, agradeceu em japonês e deixou que seus lábios cheios se abrissem num sorriso, retirando-se pra que ele pudesse acompanhar o restante do grupo.

Fim do Flashback

                – Fã? – Aiba duvidou – Ela passou o dia todo conosco e nem mesmo mostrou interesse!
                – Eu tenho certeza, até dei um autógrafo pra ela! – Jun exclamou confiante.
                – Acho que não, Jun-pon. – Sho pensou alguns segundos sobre o assunto – Se ela realmente fosse, não iria suportar seu olhar naquele momento.
                – Vai ver o ichiban dela é outro! – Nino falou, os olhos ainda no DS.
                – Vamos fazer uma aposta? – Aiba propôs. – Se ela realmente for fã, antes de irmos embora descobriremos.
                – Eu topo! – todos disseram em uníssono.
                – Quem acha que é, levanta a mão. – Aiba falou e Jun e Nino levantaram as mãos.
                – Nós três achamos que não é. – Sho falou.
                – Quem perder terá que pagar um mico, dos grandes. – Ohno falou, confiante de que venceria.
                – Vamos ganhar Kazu, não se preocupe! – Jun falou, olhando para Nino, que jogava.
                – Eu confio em você, Jun-pon! ­ – Nino falou, um sorrisinho de canto.

Continua...


quarta-feira, 18 de abril de 2012

News! *---*

Olá!






Finalmente estou de volta... bem, por enquanto!


Minha vida anda ainda mais corrida e cada dia pior... eu tenho tentado manter o blog atualizado, mas há muito isso saiu do meu controle, sendo que eu acabo atualizando só com os capítulos da minha fic nova, que eu resolvi escrever agora.
São provas, trabalhos, simulados, 12 horas trancada na escola estudando, mais 1 hora e meia por dia direcionada ao japônes (estou aprendendo hiragana ainda ~~ me sinto uma criança aprendendo o alfabeto), a fanfic que me tira um tempão, e também o tempo limitado de internet... Ah, e o dia só tem 24 horas né? Preciso dormir em algum momento!


Mas, parando com as reclamações (pareço uma velha!) vou partir pra algumas novidades!


----> O Arashi finalmente anunciou a pré-venda do DVD novo! Sim, dia 23 de maio, sai o DVD da Tour Beautiful World, que eu pretendo comprar!


---> Arashi também anunciou um novo single, Face Down, tema do dorama do Oh-chan!


---> Ohno e Aiba estão com doramas novos! Aiba-chan é um detetive atrapalhado em Mineko Holmes no Suiuri, e o Ohno é um nerd bonitão em Kagi no Kakatta Heya (ambos começaram a passar essa semana).


---> Parece que vai sair mais um single (nada confirmado), mas a música tema do dorama lindo do Aiba-chan é Your Eyes, também do Arashi, e pelo que tudo indica, não está no single Face Down.


---> Saiu também um dorama do Sho, maravilhoso, onde ele era um professor que lutou na guerra e perdeu um dos braços (morri quando vi ele sem braço :/), Blackboard ~ Jidai to Tatakatta Kyoushitachi~ .


----> E todos os doramas que eu falei acima, vão ser traduzidos pelo Hatenai, e mais alguns, como Freeter, Ie wo Kau ( do Nininho) .


----> Dia 09 de Maio, no Salão Internacional do livro, minha amigo Lhaisa Andria (L da LAP), vai estar lançando seu livro maravilhooooooso Almakia - A Vilashi e os Dragões!


---> Dia 28 de Abril, em Porto Alegre, a Paula Vendramini ( P da LAP) vai lançar também, seu livro Devoy - Kassan! 


---->Perceberam que eu andei fazendo algumas atualizações diferentes? Sim, CIFRAS, RECEITAS e muito mais novidades vem por aí... pretendo manter esse projeto de fazer desse blog um verdadeiro "blog de variedades", com a ajuda da Jessika Zilli, minha super parceira! 


----> Pretendo voltar a trazer as resenhas de livros, e sinopses de doramas, portanto, aguardem!




O que estão achando da minha Fic? Realmente gostaria que acompanhassem! ~~




Comprem o Kit Lap!








Espero não ter esquecido de nada, mas se eu esqueci, é um ótimo motivo pra eu fazer outro post logo! 


Beijos,
Aguardo os comentários ~~


Eloise Zanatto.

10 Coisas...


10 Coisas que um Arashian deve saber:





1 – as cinco cores sagradas;

2 - que o Jun foi o Doumiouji de Hanadan.

3 - que o Aiba tem uma doença chamada pneumotórax;

4 – que o Sho é formado pela Keio em economia;

5 – que o Ohno AMA pescar;

6 – que o Jun foi atropelado por um caminhão quando era criança;

7 – que o Sho tem horror à altura;

8 - que os pais do Aiba têm um restaurante de comida chinesa em Chiba;

9 – que o Nino é viciado em jogos, e carrega um DS pra cima e pra baixo;

10 – que o Sho tinha um piercing no umbigo;




E isso é só uma prévia das muitas coisas que você deve saber pra se considerar um Arashian ...


Lista feita com a colaboração da Jéssika Zilli.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

[Fanfic] Dear Sun - Capítulo 5


Capítulo 5

                Johnny Kitagawa resolveu que o Training Camp aconteceria por somente uma noite e nas noites restantes eles ficariam hospedados no Hotel das Cataratas dentro do Parque Nacional do Iguaçu, com todo o conforto possível. Os cinco membros do grupo preferiram dividir uma suíte grande e o Chefão ficou com a maravilhosa suíte presidencial.
                O quarto dos meninos era espaçoso, com cortinas em tons pastéis, piso polido e paredes muito brancas. Eram duas camas de casal e uma de solteiro.
                – Vamos tirar no Joken? – Nino propôs.
                – Eu topo. ­ – Os quatro concordaram em uníssono.
                – Quem ganhar escolhe a cama. ­ – Sho falou.
                Depois de alguns segundos de tensão, Sho¹ foi declarado vencedor.
                – De novo, Sho-chan? – Aiba reclamou, lembrando-se do Training Camp anterior, onde Sho também fora o vencedor.
                – A cama de solteiro é visivelmente melhor que as outras... – Sho ponderou, analisando o posicionamento das camas, onde as duas camas de casal ocupavam a mesma parede com um espaço grande entre elas e a cama de solteiro na parede oposta.
                – Mas você não vai se sentir sozinho lá? – Ohno perguntou, fazendo beicinho.
                – É Sho-chan, se você quiser podemos apertar as três camas juntas. – Jun propôs, analisando se no espaço entre as camas de casal caberia a outra cama.
                – Eu topo! ­– Sho falou, sorrindo sem nem mesmo se dar conta de que estava sendo passado pra trás novamente.
                Jun, Aiba e Ohno arrastaram a cama de solteiro até o meio das duas camas de casal, deixando-as bem juntas.
                Ohno ficou com a beira da cama da esquerda, Aiba ao seu lado, Sho bem no meio, Jun a sua direita, e Nino com a extremidade da direita.
                – Agora vamos dormir! – Aiba bocejou.
                – Eu poderia dormir por um dia inteiro, depois de um bom banho. – Jun falou, já indo para o banheiro, mostrando que seria o primeiro a tomar banho e que não haveria discussão sobre isso.
                – Nino, larga esse DS já e vai se arrumar pra dormir. Você vai pro banho logo que o Jun sair! – Ohno brigou com Nino, que tinha se jogado numa poltrona próxima à janela e tirado o DS do bolso.
                – Já vou Oka-san! – Nino falou distraidamente, levando todos ao riso.
                – Nininho, depois de quase 13 anos de Arashi, você ainda não aprendeu que sua mãe não viaja junto? ­ – Jun falou, enrolado numa toalha, os cabelos molhados, a boca cheia de espuma de creme dental e a escova na mão.
                – Oh-chan é minha oka-san quando viajamos. – Nino se defendeu.
                – E falando em quase 13 anos, daqui a 2 dias é nosso aniversário. – Sho lembrou, com o olhar vidrado numa parede, provavelmente perdido em pensamentos.
                – Por isso temos que dormir! Pra estarmos descansados pro dia 15! ­ – Aiba saltitou, olhando para a carteira de cigarros que segurava. – Acho que vou parar de fumar, em comemoração aos 13 anos de Arashi e também em agradecimento por eu ainda poder cantar.
                – Quanta força de vontade Aiba-chan! – Ohno analisou, sentado na sacada, com um cigarro aceso em mãos.
                – Oyasumi pra vocês. – Jun jogou-se na cama, vestindo seu pijama listrado.

~~

                O dia seguinte à chegada do Arashi começou como qualquer outro para Eloise, exceto pelo fato de que ela estava ainda mais feliz que o normal. Teve que levantar cedo e ir trabalhar como de costume.
                – Elô, tá sabendo do grupo de japas que chegou ontem ali no hotel? – Antony, um dos guias, perguntou-lhe enquanto almoçavam. – Parece que é uma banda...
                – Arashi? – Eloise perguntou, incrédula.
                – Deve ser. – Antony levou o garfo cheio de comida até a boca, e parou – Liga lá no hotel e pergunta, eles devem saber. – Ele largou o garfo, a comida pela metade, e seguiu um grande grupo de turistas alemães, pondo-se a frente deles para indicar o caminho a ser tomado e deixando Eloise paralisada, o almoço intocado.
                Passados alguns minutos, ela voltou ao normal, engoliu seu almoço de qualquer jeito e correu até um telefone. Alguns segundos intermináveis se passaram até que a recepcionista lhe atendesse. Eloise perguntou-lhe sobre o grupo de japoneses que chegara ontem.
                – O chefe deles, um senhor muito velho, pediu que chamássemos a todos só amanhã de manhã. Acho que eles vão fazer trilha. – pausa dramática – O senhor Kitagawa fala português fluentemente.
                Eloise murmurou um “obrigada” e voltou ao trabalho pensando que era impossível ela ser incumbida de guia-los e mesmo assim, concluindo mentalmente que era muito provável que ela fosse a guia deles, considerando o fato de que ela era a única guia que falava japonês.
                Ignorou essa possibilidade, tentando não criar esperanças e pôs-se a guiar um grupo de idosos até o mirante.

~~

                Às 7h do dia 15, o telefone tocou despertando os membros do Arashi que haviam dormido mais de 20 horas consecutivas e levantaram-se totalmente descansados e dispostos a fazer qualquer coisa que o chefe lhes pedisse.
                Desceram ao salão do hotel, onde turistas de todas as idades serviam-se de pãezinhos de queijo, sanduíches de presunto, sonhos cobertos de açúcar e xícaras de café fumegante.
                – Isso é bom Riida? ­ – Sho perguntou, apontando o sonho açucarado que Ohno comia.
                – Muito! – respondeu Ohno com a boca cheia.
                – Qual é o recheio? – Aiba perguntou, olhando a densa calda marfim entre as duas partes de massa.
                – Não faço ideia, mas é muito doce, maravilhoso! – Ohno sorriu, os dentes cheios de massa.
                Assim que terminaram o café da manhã, foram convocados para uma reunião na suíte do Chefe.
                – Eu sei que é anormal, mas precisamos comemorar com os fãs esses 13 anos de sucesso. – Jhonny falou, as mãos entrelaçadas.
                – Como? – Jun preocupou-se.
                – Vamos gravar um vídeo e publicar no site da JE. – Johnny expos sua ideia.
                – Sem problemas! – Todos se animaram.
                Diante da perspectiva de falar diretamente com as fãs, encaminharam-se até uma sala onde os staffs esperavam com as câmeras a postos. Cerca de 30 minutos se passaram até que os meninos saíssem da sala, ainda mais sorridentes que antes.
                Foram orientados a vestir roupas leves e tênis e em seguida pegar um ônibus até a trilha, onde um guia os esperava.
                – E onde está esse guia? – Nino falou, ao chegar à entrada da trilha.
                – Deve estar vindo. – Jun ponderou.
                – Eu não quero esperar. – Nino falou, e apontou algumas placas – Vejam, é sinalizado!
                – Acho que não faria mal se fôssemos por conta própria. – Ohno falou, louco pra explorar o local.
                Foram seguindo a trilha lentamente, parando hora ou outra para ler as placas, que em sua maioria eram em inglês. Todos juntavam seus escassos conhecimentos da língua para interpretar as instruções. Às vezes surgiam clareiras entre as árvores e podiam ver algumas quedas.
                – Sho-chan, sabe do que eu me lembrei agora, vendo toda essa água? – Nino apontou pra queda mais próxima.
                – O quê? – Sho perguntou, curioso.
                – No Scene, em Fukuoka, quando você tentou pular sobre uma das fontes e acabou molhando as calças.  – Nino riu, enquanto o rosto de Sho ruborizava.
                – Melhor ainda, Nininho, foi ver você, o Oh-chan e o Aibaka vestindo saias na paródia de TABOO que vocês fizeram no meu último aniversário. – Sho riu ainda mais alto que Nino, que se calou.
                – Ambos os shows foram muito engraçados, mas acho que vestir saia é bom... entra ventinho por baixo. ­ – Aiba falou, seguindo a trilha e sorrindo.
– Sinto saudades dos meus 30 anos. – Ohno divagou.
                – Vocês lembram que eu tinha cortado o cabelo? – Jun perguntou.
                – Lembro sim! Estava muito legal. E lembro também que nos primeiros dias você se incomodava com o corte... – Aiba foi interrompido.
                – Como assim, estava legal? Quer dizer que não está mais? – Jun fuzilou Aiba com o olhar.
                – Ainda está Matsujun! Eu me expressei mal... – Aiba levantou os dois polegares na altura das orelhas, em sinal de positivo e sorrindo.
                Nesse momento, depois de cerca de 20 minutos na trilha, chegaram ao mirante principal onde viam as enormes quedas e toda sua imponência. O local estava abarrotado de turistas. Seus rostos foram salpicados por gotas de água que vinham de todos os lados.
                A vista era impressionante, e os cinco ficaram maravilhados, vislumbrando toda aquela água.
                – Eu quero isso na próxima tour... – Jun balbuciou, maravilhado.
                – Cala a boca, Jun. – Nino falou ao mais jovem, os olhos fixos na água.
                – Caaaaaara, como é alto isso aqui! – Sho olhou para baixo, onde dava para ver as pedras.
                – Bom dia! – Uma mulher aproximou-se, falando em japonês. – Serei a guia de vocês aqui no Parque. Hajimemashite! Watashi wa Eloise Zanatto desu. Douzo yoroshiku onegaishimasu – curvou-se.

               
---------------------------------------------------------------------------------- 


Notas Finais: Quero agradecer de novo à Emily que revisou pra mim, à Loanny e Yun que me deram uma ajudinha no finalzinho aqui, e à Jessika, minha parceria de surtos, que é sempre a primeira a ler (o rascunho) e dar algumas dicas pra escritora aqui. Só pra deixar claro, na parte que o Sho ganha no joken, não fui eu quem escolheu (foi a Jeeh ~~ eu escolhi uma ordem pros 5, e pedi que ela escolhesse um número aleatório ~~ deu Sho, eu escrevi)
Spoiller do próximo capítulo: Aparecerão novos personagens, que serão extremamente importantes pro desenrolar da história. [morram de curiosidade]
               
Algumas fotos, dos locais que eu falei na fic, pra que vocês possam visualizar:

> Parque Nacional do Iguaçu (ali junto, o Hotel das Cataratas)
>Hotel das Cataratas

>Quando digo ônibus, nas Cataratas é assim (tenho loucura por esses ônibus lindos)
> E um pouquinho das Cataratas pra vocês ...

E o próximo capítulo, semana que vem ~~