quinta-feira, 28 de junho de 2012

News!

Konnichiwa!


Minna, passei aqui correndinho só pra falar de uma coisa: Dear Sun agora tem capa! 
Sim, ficou podre, eu sei, mas é que eu estava meio sem tempo, e totalmente incomodada com a fic sem capa, então escolhi uma foto e coloquei o nome. 






Bom, era só isso.


Beijos,
Eloise Zanatto.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Aleatoriedades ~~

Hello hello ~~



Sei que fiquei muitos dias ausente (39, pra ser exata) e nesse período de tempo, muita coisa aconteceu. Um resuminho agora!

-> Jun cortou e coloriu os cabelos (isso nem é tão recente, mas eu tinha esquecido de comentar!)
Eu aprovei, mas realmente, não há nada como o pretinho!



-> Nino descoloriu os cabelos. Sim, ele está loiro gema de ovo. Fez isso por um especial do 24 Hours Television, onde ele vive o papel de um ex-delinquente, que vive numa cadeira de rodas. MEDO!



-> Finalmente o tão esperado DVD Arashi Live Tour Beautiful World saiu! É maravilhoso em todos os aspectos (principalmente o telão!), e vale a pena assistí-lo do início ao fim mais de uma vez como eu fiz!
Download AQUI!


-> Single Your Eyes foi lançado. A música é maravilhosa, mas como já esperávamos não foi tão bem vendido quanto os singles anteriores, até porque Face Down foi lançado menos de 2 meses antes de Your Eyes.


-> Uma constatação: se eu fosse comprar tudo o que o Arashi lançou só nesse ano, eu já estaria falida (porém feliz!).

-> Num CM novo do Nino, ele cava um buraco e aparece numa praia brasileira, cercado por sambistas! Será isso um sinal? Assim que sair o CM completo eu posto aqui!


-> Viram meu combo maravilhoso com 3 capítulos de Dear Sun? Caprichei e realmente espero que gostem!


Se eu lembrar de mais alguma coisa, é um motivo pra outro post, o que não deixa de ser bom.
Portando, acho que é só.

Beijos,
 Eloise Zanatto.

Tell Me What You Wanna Be [2]

Minna!






Como prometido nesse post AQUI, trago pra vocês a tradução do solo MA-RA-VI-LHO-SO do Jun. 
A letra não faz muito sentido, e como disse a tradutora: "Está mais pra palavras soltas...", mas está aí. Desculpem a demora!




Tell me what you wanna be - Jun Matsumoto (solo)



Você não liga para cotas, e fica simplesmente na minha cabeça
"Esqueça o sonho", está falando sério?
Terminando de consertar os pedaços sem significado, é hora de me encontrar
A chance que se repete é a liberdade
Entendo profundamente
O tempo todo?
Sou capaz de tomar decisões na minha vida
Em outras palavras
Me diga o que você quer ser?
Me diga o que você quer ser, baby?
Se sonhar, vou querer realizar
Na sua vida, sou seu amigo
Somos todos seus amigos
Em outras palavras
Me diga o que você quer ser?
Me diga o que você quer ser, baby?
Você, me diga
Todos seguem por seus caminhos
Se for algo como, "é confortável", tudo bem!
Não é suficiente
Você pode até me manipular, lady
Promiscuidade vestida em serenidade
Eu gostaria que o amor oscilasse como uma borboleta
A dança que me faz decair é essa de ir até o chão enlouquecida!
Em outras palavras
Me diga o que você quer ser?
Me diga o que você quer ser, baby?
Se sonhar, vou querer realizar
Na sua vida, sou seu amigo
Somos todos seus amigos
Em outras palavras
Me diga o que você quer ser?
Me diga o que você quer ser, baby?
Se sonhar, vou querer realizar
Na sua vida, sou seu amigo
Somos todos seus amigos
Você, me diga
Você, me diga
Todos seguem por seus caminhos
Se for algo como, "é confortável", tudo bem!



Créditos: Tiali do Arachikut.

[Fanfic] Dear Sun - Capítulo 11


Capítulo 11

               
                Eloise abriu os olhos lentamente e deparou-se com um feixe de luz que entrava pela cortina. Sua cama tremia e balançava seu corpo.
                – Pule mais forte, Haru! – Jéssika encorajou Harumi aos sussurros.
                – Ei! Isso dói! – Eloise reclamou, a voz rouca e abafada pelos travesseiros que estavam sob sua face.
                – Finalmente acordou! – Jéssika comemorou – Estamos aqui há quase 5 minutos tentando acordá-la.
                – Eu estou atrasada? – Eloise assustou-se, levantando-se rapidamente e sentindo uma leve tontura.
                – Não. Nós é que nos adiantamos, né Haru? – Jéssika não conseguia esconder sua curiosidade.
                – Hai! – Harumi concordou, e Eloise percebeu que ela já estava pronta pra ir para a escola. – Ohayou mama.
                – Ohayou meu anjo! Vem dar um beijo na mamãe, vem! – Eloise puxou Harumi para seus braços e beijou suas bochechas, sem esconder a culpa por ter saído na noite anterior.
                – Se mexe, Elô! Me conte tudo, com detalhes! – Jéssika falou, consultando o relógio – Temos tempo suficiente.
                Eloise sentou-se num canto da cama com Harumi aninhada em seus braços e Jéssika no outro extremo da cama, de frente para a amiga.
                Contou com detalhes tudo o que acontecera na noite anterior, dando ênfase às roupas que Nino os obrigara a vestir.
                – Espera aí! Sakurai Sho e seu abdômen só de cueca de couro (repito, de couro!) e suspensórios? – Jéssika surtou, imaginando a cena. Esticou seus braços e fechou os olhos, suas mãos faziam movimentos como se tocassem no tanquinho de Sho, o que era uma cena bem comum entre elas.
                – Acredite se quiser! Se o Jun não estivesse sentado ao meu lado, eu juro que tinha gritado! – Eloise falou, lembrando-se da proximidade entre ela e Jun.
                – Me diz que tirou fotos, onegai! – Jéssika suplicou, fazendo cara de cãozinho que caiu da mudança.
                – Gomen amiga, mas não posso dar uma de fã louca e ficar registrando tudo né? Por mais que eu queira... – Eloise choramingou, pensando que ter fotos da noite seria bom para que tivesse certeza de que foi real.
                – Eu sei! É só que... fiquei curiosa! – Jéssika sentiu uma espécie de inveja da amiga.
                Eloise continuou contando sobre como caíra na piscina e como recusara veementemente a um banho no quarto deles e a vestir a camisa de Jun. Contou sobre a proximidade em que suas bocas estiveram na hora em que entrava no táxi e sobre o calor que emanava dele.
                – Aí eu cheguei em casa, vocês estavam dormindo e eu não quis acordá-las. Cansada como estava, me joguei na cama e dormi feito uma pedra. – Eloise concluiu, recusando-se a pensar por muito tempo em Jun.
                – Que você dormiu feito uma pedra nós percebemos! – Jéssika caçoou do sono pesado da amiga – Então quer dizer que essa camisa é do Jun?
                – Hai! Tão cheirosa! – Eloise cheirou novamente o colarinho e deixou que sua mente vagasse até o dia em que torcera o tornozelo e fora carregada por ele.
                – Agora que já terminou de me contar, é melhor ir se arrumar. – Jéssika falou, arrancando Eloise de seus devaneios.
                Enquanto a amiga se vestia, Jéssika e Harumi prepararam algo para que ela comesse. Engoliu rapidamente o sanduíche e durante esse tempo, Jéssika fez uma trança embutida em seus cabelos emaranhados.
                – Meu carro ficou no Parque. – Eloise contou – Tive que voltar de táxi.
                – Sem problemas, eu levo vocês duas. – Jéssika ficou feliz em poder ajudar à amiga.
               

~ ~


                – Eh, Matsujun, levante! – Nino bateu sem delicadeza alguma nas costas do mais novo.
                – Já? – Jun balbuciou, sonolento.
                – Ei baka, levante logo! – Aiba reclamou, aproximando-se do amigo adormecido.
                – Levante logo e se arrume pra ver a Ise-chan! – Sho falou enquanto calçava os tênis. Ao som do nome da guia, Jun levantou em um pulo.
                Todos os outros, já vestidos, disseram que esperariam por ele no salão e em seguida tomariam café da manhã juntos. Jun lavou-se e vestiu-se confortavelmente, sabendo que a atividade do dia seria o arborismo e também a última atividade com a guia dentro do Parque. Nos dias seguintes, gravariam nos mesmos lugares que já tinham ido, mas sem Eloise.
                Desceu pelas escadas, pensando no cheiro da moça e a profundidade de seu olhar.
                – Como demorou! – Nino reclamou, fechando o DS.
                – Tinha que me arrumar né? – Jun falou – Afinal hoje é o ultimo dia com a Ise-chan.
                – Como se fosse realmente o último. – Sho caçoou do amigo – Ela prometeu nos levar a outros lugares quando terminarmos de gravar.
                – Eu não me lembro dela ter dito isso. – Aiba falou, tentando lembrar-se.
                – Você estava no banheiro Aibaka. – Ohno falou, ao perceber que Aiba começava a ficar apavorado.
                – Ai, que alívio! Pensei que tinha bebido tanto que não conseguia me lembrar. – Aiba expôs sua preocupação.
                – Fique calmo Aiba-chan, você não fez nada de vergonhoso. – Sho lembrou.
                – Além de perseguir a Ise-chan até que ela caísse na piscina, né? – Jun emendou, sem perder a chance de fazer com que Aiba se sentisse culpado.
                – Vou me desculpar, eu prometo! – Aiba falou, diante da expressão ameaçadora de Jun.
                – Ela estava realmente bonita ontem, não é? – Ohno elogiou-a, lembrando-se de como o vestido lhe caía bem.
                – Ela é sempre bonita! – Jun falou, corrigindo o líder.
                – Verdade! Até com o camisetão do Matsujun ela estava maravilhosa. – Aiba falou, percebendo, em seguida, a cara de Jun, que nem tentava esconder os ciúmes.
                – Vamos tomar café antes que o Jun-kun acabe batendo no Aibaka. – Nino conduziu-os até o restaurante.


~ ~


                – Eu não acredito que vou ter que fazer arborismo duas vezes! – Sho reclamou quando saíam do Hotel. Eloise ainda não estava esperando-os.
                – Calma Sho-chan. É treinamento! Você sabe que é para o seu bem! – Jun acalmou-o, rindo baixinho em seguida.
                – Sei que é, mas eu tenho medo! – Sho reclamou.
                – Prometo que não vou deixar o Jun te empurrar dessa vez, Sho! – Eloise falou, aparecendo logo atrás deles.
                – Se você diz que promete, vou confiar. – Sho falou, sorrindo.
                – Ohayou minna! – Eloise cumprimentou-os.
                – Ohayou gozaimasu! – os cinco responderam em uníssono.
                – Me avisaram agora de manhã, – Eloise começou – que vou ter que acompanhá-los durante as gravações. Ah, e também que essa noite será a ultima de vocês nesse hotel.
                – Como assim? – Aiba fez a pergunta que nenhum deles conseguiu fazer.
                – Quem falou pra você? – Ohno perguntou.
                – Nós vamos embora mais cedo? – Jun mostrou toda sua infelicidade.
                – Um assistente do chefe de vocês falou com meu superior. Ele perguntou se eu poderia acompanhá-los... – Eloise esclareceu.
                Diante das caras de pânico dos cinco, ela prosseguiu, apresentando o cronograma que lhe fora passado.
                – Amanhã bem cedo vamos começar a refazer todas as trilhas com as câmeras, e eu bem escondida atrás delas, é claro. Teremos que refazer tudo em um só dia e passaremos a noite acampados em barracas de verdade, armadas em meio à mata fechada.
                O silêncio perdurou mais alguns segundos enquanto todos absorviam as informações, sendo quebrado novamente por Eloise, no que mais parecia um monólogo.
                – Sei que é diferente de tudo que já fizeram, mas lhes asseguro que vai ser legal! Eu posso trazer meu violão e podemos tocar e cantar em volta da fogueira depois que as câmeras forem desligadas. E podemos improvisar um churrasco também. – Eloise lembrou-se das palavras de Jun no ônibus a caminho do outro acampamento.
                Ao som das palavras “violão”, “fogueira” e “churrasco”, todos se empolgaram e começaram a falar ao mesmo tempo.
                – Eu topo! – disseram juntos.
                – Então vamos cumprir nossa tarefa agora! – Eloise encorajou-os, completando mentalmente com “o chefe deles não tinha dado escolha em recusar mesmo...”.

Continua...

[Fanfic] Dear Sun - Capítulo 10


Capítulo 10


                Eloise caminhou até eles lentamente, calculando cada passo para que não tropeçasse em seus próprios pés. Depois do que lhe pareceu uma eternidade, juntou-se a eles. Sentiu todos os olhares do hall caindo sobre si, e enrubesceu.
                – Eroise-chan, você está... – Sho começou a falar, mas parou, escolhendo a melhor palavra para descrevê-la.
                – Deslumbrante! – Aiba completou, sorrindo sinceramente.
                – Maravilhosa! – Ohno falou em seguida.
                – Perfeita! – Jun falou, por fim.
                Foi só nesse momento que Eloise percebeu como Jun arrumara seus cabelos. Flashes de Hanadan passaram em sua cabeça e ela prometeu a si mesma que assim que sua vida voltasse ao normal, assistiria novamente com Jéssika e Harumi.
                – Vocês também estão muito elegantes. – Eloise elogiou-os polidamente, controlando alguns pensamentos desnecessários como: “Meu deus, que homens maravilhosos” ou “Queria que tirassem as roupas. Estão atrapalhando a vista da paisagem”.
                – Arigatou. – Os 5 disseram em uníssono.
                – Vamos entrar? – Jun propôs, sentindo sua barriga roncar baixinho.
                – Ah, hai. – Eloise concordou.
                Com Jun na frente, Eloise em seguida e os outros logo atrás, entraram no restaurante do Hotel. Foram levados até a mesa que havia sido reservada, onde Jun puxou a cadeira para Eloise, que agradeceu envergonhada.
                Fizeram o pedido, e logo um garçom sorridente trouxe uma garrafa do vinho mais caro disponível e 5 taças. Eloise recusou-se a ingerir bebidas alcoólicas (apesar de apreciar, ela não poderia responder por seus atos caso bebesse) e pediu um grande copo de suco de maracujá.
                – Ise-chan, como foi que você conheceu ao Arashi? – Jun especulou.
                – Foi por meio de alguns amigos. – Eloise falou, omitindo o fato de que foi por meio de um dorama do Jun.
                – Temos muitos fãs aqui no Burajiru? – Sho perguntou, bastante curioso.
                – Pelo que eu sei, somos cerca de 4 mil, espalhados pelo país. – Eloise bebericou seu suco de maracujá, tentando se acalmar.
                – WOW! – Aiba exclamou. – Considerando a distância geográfica e as diferenças culturais, é um grande número.
                – Ah sim. Só aqui na cidade, somos 20. – Eloise esfregou as mãos enquanto falava, e percebeu que a mesa balançava. Parou de bater as pernas, controlando o impulso. Quando ficava nervosa era comum que ficasse com as penas inquietas.
                – Poderíamos fazer um mini-show aqui, né? – Ohno falou, pensando nas praias quentes do país, e no tempo que poderia gastar pescando.
                – Vontade é o que não falta. Há anos vemos o Brasil aparecendo e se destacando em nossas listas. – Nino lembrou.
                – Lembra Nino, do cartão que chegou ao restaurante dos meus pais pra você, no seu último aniversário? – Aiba lembrou-se, animado.
                – E você também recebeu um cartão, Aiba-chan! ­– Nino falou.
                – Eu participei da organização de ambos. – Eloise contou – Somos muito unidas, e sempre tentamos enviar algo. O cartão de aniversário do Jun, já foi enviado, mas ainda não deve ter chego...
                – Espera aí, cartão pra mim também? – Jun falou, sorrindo feito bobo.
                – Ah sim, só que atrasamos um pouco, e acabamos enviando há pouco tempo, mas vai chegar. – Eloise falou, sorrindo.
                – Vocês realmente se esforçam! – Ohno falou, pensando se também receberia um cartão em seu aniversário.
                – Ah sim, e começaremos a enviar esses cartões para todos. O fã-clube está ficando mais organizado ultimamente. – Eloise explicou.
                – Realmente me lembro de ter visto seu nome no cartão do Aibaka, entre tantos! – Sho falou, lembrando-se do cartão com mensagens tão bonitas.
                – É admirável o esforço de vocês! – Jun falou, sorrindo como só ele conseguia, e fazendo com que o coração de Eloise desse alguns saltos.
                Passaram o resto do jantar conversando animadamente sobre o fã-clube e os pontos turísticos da cidade. Depois de 2 grandes copos de suco, Eloise começou a relaxar.
                – Vocês sabem né? – Eloise começou. – Quão honrada me sinto em ter a oportunidade de guiá-los, de jantar com vocês e de conhecê-los.
                – A honra é toda nossa em poder contar com uma pessoa tão esforçada e maravilhosa quanto você. – Jun falou, vendo Eloise enrubescer rapidamente.
                Uma segunda garrafa de vinho foi pedida, e desta vez, Eloise não recusou. Conforme iam conversando e se conhecendo, o clima ia ficando mais leve.
                Cerca de 1 hora depois de ter chegado, Eloise pediu licença e foi até o banheiro. Chegando lá, pegou o telefone e discou o familiar número da amiga.
                – Alô? – Jéssika atendeu no primeiro toque.
                – Oi! Como está a Harumi? – Eloise perguntou. Em nenhum momento da hora que se passara, deixou de pensar em Harumi, que já passava tão pouco tempo com a mãe.
                – Ah, ela dormiu faz algum tempo já. – Jéssika contou, observando a pequena que adormecera em seu colo. – E como está o jantar?
                – Ótimo. Eles são maravilhosos, sabe, como pessoas. – Um sorriso formou-se involuntariamente em sua face. – Depois eu te conto mais, tenho que voltar agora.
                – Volte logo lá, e aproveite cada segundo. – Jéssika falou pra amiga, completando mentalmente com “não é qualquer um que tem essa chance”.


Enquanto isso...


                – Matsujun, você que vai contar sobre a aposta! – Nino falou.
                – Pode deixar! Vamos tentar não assustá-la. – Jun falou, olhando em direção ao banheiro feminino e mordendo o lábio inferior.
                – Estou louco pra perguntar qual de nós é o ichiban dela... – Sho falou, mesmo acreditando que fosse Jun, ainda tinha uma pequena esperança.
                – Pelo amor de Deus, Sakurai, não pergunte nada! – Jun deu bronca no mais velho, olhando ameaçadoramente.
                – Não vou perguntar. – Sho prometeu, diante da fúria do mais novo.
                Jun olhou novamente em direção ao banheiro. Eloise passava distraidamente pela porta. Ele desviou o olhar rapidamente.


~ ~

                Mais duas horas se passaram e várias garrafas de vinho foram esvaziadas. Eloise se sentia leve e sua mente estava se acostumando ao fato de que poderia perguntar o que quisesse aos ídolos. A conversa acontecia descontraidamente, como se eles já se conhecessem há anos e fossem grandes amigos.
                O salão de jantar, em algum momento esteve cheio, mas agora somente uma mesa ou outra se encontrava ocupada. Às vezes, os ocupantes das mesas próximas assustavam-se com gargalhadas altas que vinham da mesa onde Eloise e o Arashi estavam.
                – Ise-chan, tenho que confessar uma coisa! – Jun falou, tirando a atenção de Eloise da piada que Aiba e Sho contavam. Ela acenou com a cabeça, para que ele prosseguisse.                – Nós apostamos se você era fã ou não. Sho, Aiba e Ohno perderam.
                – Hontou? E apostaram o quê? – Eloise perguntou. Suas bochechas queimavam e estavam vermelhíssimas, resultado da ingestão de álcool.
                – Eles vão ter que nadar na piscina do hotel com roupas especiais... e na sua frente. – Nino, que estivera prestando atenção na conversa, explicou, rindo. O DS ainda estava esquecido no bolso interno das vestes.
                – Então era esse o motivo do jantar? – Eloise riu, derrubando o resto de vinho da sua taça na toalha branca que cobria a mesa.
                – Um deles. – Jun falou, colocando um guardanapo sobre o local onde o vinho havia sido derramado.
                – E qual seria o outro? – Eloise especulou.
                – Estar com você por mais algum tempo. – Jun declarou, a voz pastosa, efeito do vinho em excesso.
                – E quando é que vou ver essas tais roupas? – Eloise perguntou, ignorando o que Jun havia dito.
                – Agora!? – Nino levantou-se, chamando os outros 3 pra irem com ele até o quarto.
                Jun e Eloise seguiram em silencio até a borda da piscina e sentaram-se lado a lado em uma espreguiçadeira.
                – Já está ficando tarde. – Eloise constatou, consultando o relógio no pulso de Jun.
                – Hai, mas você não pode dirigir. – Jun lembrou que ela também havia bebido.
                – Vou de táxi. – Eloise falou, pensando se tinha dinheiro suficiente.
                O silêncio instalou-se entre os dois, sendo quebrado vários minutos depois por Nino, que vinha trazendo os outros três.
                Ohno vestia um short curtinho e bem colado – que mais parecia uma cueca Box –, rosa e com paetês. Sua blusa era repleta de penas, também rosa. Aiba usava uma versão laranja das vestes de Ohno. E Sho vinha mais atrás, vestindo somente uma sunga de couro e suspensórios, deixando seu abdômen e pernas torneados totalmente descobertos.
                – Credo Kazu, você escolheu os piores. – Jun exclamou, se torcendo de tanto rir.
                – Mas era a intenção! – Nino falou, apontando para a piscina.
                Os 3 se juntaram num círculo, e logo Sho saiu comemorando, e Ohno estava desanimado. Eloise concluiu que tinham tirado no Janken quem iria pular primeiro, Ohno tinha perdido – sendo o primeiro – e Sho ganhado – sendo o último a pular.
                Ohno afastou-se alguns metros da piscina, se preparando pra pular. Saiu correndo e ao aproximar-se da borda, deu um forte impulso para o alto. Enquanto caia envolveu as pernas com os braços, e ao atingir a água, espalhou-a por todos os lados.
                Aiba, logo em seguida, pegou impulso, como Ohno, mas na hora de saltar, deu duas voltas no ar antes de cair de bico na água.
                Sho foi lentamente até a borda, ver se a temperatura da água estava boa. Esticou um dos pés até que tocasse na água, mas assim que fez menção de tirar, sentiu Nino empurrá-lo para dentro da piscina. Segurou-se à calça de Nino, que acabou caindo junto com ele e formando várias ondas na piscina.
                Com as costelas doendo de tanto rir, Jun e Eloise aproximaram-se da borda da piscina.
                – Pode me ajudar a sair? – Aiba pediu a Jun, estendendo a mão.
                Jun pegou a mão de Aiba e puxou-o para cima. O corpo dele elevou-se alguns centímetros na água, mas em seguida, Jun percebeu o sorriso que havia se formado no rosto de Aiba. Não teve como fugir, e segundos depois, sentiu seu corpo sendo puxado com força para dentro da água.
                Logo que voltou a superfície, os cabelos lisos e seu smoking molhado, a expressão de Jun dizia que aquilo não ia ficar barato. Pegou Aiba pelo pescoço e afundou a cabeça dele, deixando-o imerso por alguns segundos. Quando Aiba emergiu, depois de recuperar o fôlego, olhou para Nino e ambos sorriram zombeteiros.
                Os dois saíram juntos da piscina, e rapidamente se aproximaram de Eloise. Esta descalçou rapidamente os sapatos, prevendo o que iria acontecer a seguir.
                – O que vocês estão fazendo? – Eloise perguntou, ao vê-los se aproximando e cercando-a.
                – O que você acha? – Nino falou, sorrindo largo.
                Eloise largou a bolsa sobre a espreguiçadeira e pôs-se a correr de Nino e Aiba. Jun, Sho e Ohno observavam de dentro da piscina, às gargalhadas. Depois de alguns minutos fugindo de Aiba e Nino, Eloise corria próximo à borda da piscina, e na pressa de fugir, tropeçou em seu próprio pé. Aiba e Nino pararam para observar Eloise caindo sozinha na piscina, e em seguida jogaram-se, fazendo com que Eloise fosse saudada com uma grande quantidade de água assim que emergiu.

~ ~

                30 minutos mais tarde, Eloise saía do banheiro do quarto do Arashi, vestindo uma camisa de Jun que lhe cobria até os joelhos. Os 5 meninos a esperavam nas poltronas, envoltos por toalhas sobre as roupas molhadas.
                – Ah, obrigada pela camisa. – Eloise agradeceu, quando se aproximou de Jun.
                – Não podíamos deixar que fosse embora molhada! – Sho falou.
                – Afinal, você só caiu na piscina porque nós te perseguimos... – Aiba falou, rindo.
                – Vou chamar um táxi. – Eloise falou, pegando o celular dentro da bolsa.
                – Nós já chamamos pra você. – Ohno falou, sorrindo.
                – E já deve estar à sua espera. – Nino completou.
                – Então, oyasumi. – Eloise despediu-se, indo até a porta.
                – Vou acompanhá-la. – Jun levantou-se, jogando sua toalha na cara de Ohno.
                Desceram em silêncio, Jun ao lado dela.
                – Não torceu o pé naquela hora? – Jun perguntou, quando passaram pelas portas de entrada.
                – Ah não, eu sou desastrada mesmo. – Eloise justificou.
                Jun abriu a porta do táxi para que Eloise entrasse. Ela sentiu o hálito dele, e só assim percebeu o quão próximos eles estavam naquele momento. A boca dele bem na altura de seus olhos. Seus olhos pararam nas pintas sob os lábios dele. As pintas que tanto gostava.
                – Oyasumi. – Eloise falou, sorrindo e entrou no carro.
                – Oyasuminasai! – Jun respondeu, sorrindo de volta enquanto batia a porta do carro.
                Eloise falou o endereço para o motorista, e acenou para Jun, que ficou observando enquanto o carro sumia pela rua. Quando já não era mais possível vê-lo, Jun olhou para o céu e o brilho das estrelas lhe chamou a atenção. As estrelas pareciam maiores ali.
                Eloise, dentro do carro, olhou pela janela, a grande lua cheia banhando-a com sua luz parecia ainda maior aquela noite. Cheirou o colarinho da camisa e pensou o quão sortuda era por poder dividir esses momentos com eles.


Continua...

[Fanfic] Dear Sun - Capítulo 9


Capítulo 9

                O sol já estava alto quando o Arashi deixou o hotel. Eloise os esperava na recepção, bastante envergonhada pelo que acontecera no dia anterior.
                – Ohayou! – Os cinco a cumprimentaram.
                – Ohayou gozaimasu! – Eloise respondeu, sorrindo. Jun percebeu que sob seus olhos havia grossas olheiras. – Gomennasai por ontem! Realmente não queria misturar minha vida particular com o trabalho.
                – Não tem com que se preocupar, Ise-chan. Afinal, você é muito discreta. – Aiba falou, com um sorriso encorajador estampado em sua face.
                – E como está o tornozelo? – Jun perguntou, preocupado.
                – Não doeu mais... está ótimo. – Eloise respondeu enquanto os conduzia até a entrada de uma trilha. – Hoje vamos de Macuco!       
                – Macu... o quê? – Ohno perguntou, confuso.
                – Macuco Safári. Vamos passear de bote na garganta do diabo. – Eloise explicou, não conseguindo conter a empolgação.
                Desceram alguns metros pela trilha até encontrarem carros elétricos onde se separaram em dois grupos: Jun, Eloise e Nino em um carro; Sho, Aiba, Ohno e um motorista em outro. Percorreram vários metros, seguindo em direção às margens do rio e chegando lá entraram em um bote a motor.
                Depois de 2 horas navegando sobre as águas furiosas sob as quedas, os 6 se encontravam encharcados até os ossos.
                – WOW! Isso foi muito legal! – Sho e Aiba exclamaram em uníssono, despindo-se dos coletes salva-vidas.
                – Foi mesmo! Mas a água estava muito gelada... – Jun exclamou, seus lábios ganhando um tom levemente arroxeado.
                – Melhor vocês voltarem logo para o hotel e tirar essas roupas molhadas. – Eloise aconselhou, preocupada com a saúde de seus ídolos, enquanto dava partida no carro.
                – Ise-chan, temos um convite pra você! – Jun falou, seus lábios formavam um belo sorriso.
                – Convite? – Eloise perguntou, confusa.
                – Hai! – Nino exclamou, sabendo onde Jun queria chegar – Quer jantar conosco essa noite?
                – Jantar? – Eloise beliscou levemente seu braço, pra ter certeza de que não estava sonhando. Tudo em sua vida, ultimamente, mais parecia um sonho.
                – Hai, hai. Aqui no hotel mesmo. – Jun explicou – Hoje.
                – Ahm, acho que não vai dar... – Eloise pensou em Harumi, que quase não passava tempo com a mãe.
                – Onegaishimasu! – Nino implorou – É muito importante.
                – Tudo bem! – Eloise aceitou, estranhando o fato de Nino implorar por algo – Que horas devo chegar?
                – Às 8 da noite, estaremos à sua espera. – Jun falou, e outro sorriso confiante se formou em sua face.
                Eloise estacionou e todos desceram. O outro carro vinha logo atrás com o restante do grupo.
                – Oh-chan, se prepare! A Eroise-chan vai jantar conosco esta noite! – Nino sussurrou ao ouvido de Ohno assim que este chegou.
                – Bom, vou acompanhá-los até o hotel... – Eloise começou, sendo interrompida por um Sho muito animado.
                – Pode deixar, Ise-chan... Nós já aprendemos o caminho. – Sho explicou.
                – Então, jya ne. – Eloise falou, seguindo o caminho oposto ao deles.
                – Às 8 horas, Ise-chan! – Jun gritou enquanto se afastavam.
                Eloise concordou e seguiu até o vestiário, ainda pensando qual o motivo de ter sido convidada para jantar com eles. Nem se atrevia a pensar o quão sortuda ela era em ter essa oportunidade.
                Enquanto trocava suas roupas molhadas por secas, pensava em Harumi. Consultou as horas e constatou que sua filha logo sairia da escola. Seguiu de carro até lá, onde Harumi já a esperava, sentada ao lado de algumas outras garotinhas. A pequena abriu um grande sorriso ao ver a mãe, e saiu correndo ao seu encontro.
                – Okaasan! – Harumi falou ao encontrar o aconchego dos braços da mãe.
                – Minha Haru-chan! Como foi seu dia? – Eloise perguntou, enquanto afivelava o cinto de segurança.
                Harumi contou-lhe como fora seu dia, tagarelando durante todo o percurso até em casa.
                – Haru... a mamãe precisa sair um pouquinho esta noite. – Eloise falou, sentindo-se culpada por ter de deixar a filha novamente.
                – Vai aonde mama? – Harumi perguntou, curiosa – Posso ficar com a Tia  Jéssika?
                – Claro que pode, meu anjinho! – Eloise falou, pensando se a amiga estaria disponível esta noite – A mamãe vai jantar com alguns turistas. – ela pegou o telefone e discou o número da amiga de todas as horas.
                – Alô? – Jéssika atendeu no segundo toque.
                – Oi... Jé? – Eloise perguntou. – O que vai fazer esta noite?
                – Ah, o de sempre. Ficar em casa assistindo dorama, claro. – Jéssika respondeu animadamente. Assistir doramas era parte do cotidiano das duas amigas.
                – Quer ficar com a Haru? – Eloise perguntou, sabendo que Jéssika e Harumi se davam muito bem.
                – Fico sim! Mas primeiro me conte, aonde você vai?
                – Se eu te contar com quem vou jantar você não vai acreditar! – Eloise cantarolou.
                Cerca de 2 horas mais tarde, Harumi estava sentada sobre a cama da mãe, observando ela e amiga procurarem por um vestido.
                Ao saber que Eloise iria jantar com o Arashi, Jéssika, que morava no apartamento ao lado, correu para ajudar a amiga a se arrumar.
                Depois de um banho gelado, Eloise se sentara em um banquinho alto, onde Jéssika arrumara seus cabelos numa fabulosa trança lateral que terminava no restante de cabelo caindo em cascata do outro lado. Passou uma linha fina de delineador em suas pálpebras superiores, muito rímel, e um batom vermelho cobria seus lábios cheios.
                Agora reviravam o guarda-roupa em busca da roupa perfeita.
                – Não pode ser roxo, pelo amor de deus! – Jéssika falou, lembrando-se do que acontecera com a amiga no dia anterior. – Já basta eles terem visto a foto do Jun sem camisa no seu celular... você não precisa sair gritando por aí “Eu sou Junete!”.
                – Esse aqui? O que acha? – Eloise tinha em mãos um vestido tomara-que-caia inteiramente estampado com pequenas flores em tons de rosa, roxo, preto e cinza.
                – Nem muito elegante, nem simples demais. Ou seja, perfeito! – Jéssika exclamou enquanto retirava um par de sapatos de saltos meia-pata e na cor púrpura do armário. – E com esse sapato...
                Eloise vestiu-se e foi para a sala, onde Jéssika brincava com Harumi. Na televisão ligada passava um anime qualquer.
                Logo que Jéssika confirmou que estava tudo bem em ficar com Harumi, Eloise despediu-se calorosamente da filha e agradeceu à amiga – que lhe desejou boa sorte –, prometendo não voltar muito tarde.

~ ~

                Assim que chegaram ao hotel, fizeram fila pra tomar banho. Aiba foi na frente, dado o fato de que não deveria permanecer molhado por muito tempo, seguido por Jun, que estivera com os lábios bastante arroxeados. Nino, Sho e Ohno foram em seguida.
                Os cabelos de Jun já se encontravam novamente em seu tom natural, e o comprimento era visivelmente maior do que estivera antes de cortá-lo em abril. Fez cachos desarrumados, vestindo um bonito smoking. Sentou-se em um sofá à espera dos outros, que também se vestiram formalmente.
                – Jun-kun, está com saudades do Doumyouji? – Ohno perguntou, vendo seus cabelos enrolados.
                – Talvez. – Jun sorriu, se perdendo em lembranças. – Já faz tantos anos...
                – Acho que o Jun-pon gosta de usar os cachos como técnica de conquista. – Sho analisou, lembrando que Jun conquistara Mao-chan na época de Domyouji.
                – É involuntário! – Jun se defendeu – Eu simplesmente gosto desse cabelo! Se eu pudesse, usaria assim sempre.
                – Certo Jun-kun, você fica realmente bonito assim. – Aiba elogiou.
                – Só assim, Aibaka? – Jun fuzilou-o com o olhar, em sua melhor pose de Domyouji, mas um sorriso brincava em seus lábios.
                – Não, Jun-kun, mas esse também é legal! – Aiba frisou a palavra “também”, defendendo-se.
                – Já são 7h45. – Jun informou, consultando o relógio – Melhor descermos logo!
                – Sho-chan, Aibaka e Oh-chan, preparem-se para o mico! – Nino falou, enquanto desciam para o térreo.
                – Estou preparado! – Ohno falou, com sua melhor cara de líder.
                – Vocês têm notícia do Kitagawa-san? – Sho perguntou.
                – Não. Há dias não falamos com ele né? O que será que anda aprontando? – Jun falou, pensando no chefe que sempre fora tão rígido, mas que agora os deixava livres em outro país.
                Chegaram à recepção e ficaram por ali mesmo, encostados no balcão, discutindo o que o chefe poderia estar fazendo. Algumas pessoas que passavam por lá paravam para admirar a beleza dos cinco homens. Uma das recepcionistas parou tudo o que estava fazendo, boquiaberta, ao vê-los.
                Cerca de 10 minutos mais tarde, uma bela mulher entrou no hall, fazendo-os abandonar suas teorias sobre o paradeiro do chefe.
                – É a Ise-chan? – Sho sussurrou enquanto a moça se aproximava.
                – Acho que é. – Jun respondeu, os olhos fixos no sorriso envergonhado no rosto da moça.
                – Essa noite promete! – Nino guardou o DS no bolso interno de sua roupa e esfregou as mãos, como quem planeja algo.


Continua...